Desenvolvimento de SaaS: Conceito e exemplos de softwares

* Texto de Leopoldo Magnus
CEO da Genyo, publicado em parceria com a Rocketseat.

Com a popularização da flexibilidade e maior mobilidade do uso de Softwares, o desenvolvimento de SaaS (Software as a Service) vem crescendo exponencialmente nos últimos anos.

O Software como serviço é um modelo de software baseado em nuvem , o que possibilita o acesso de recursos através da internet, independente do lugar que você esteja, sem precisar de uma super máquina para conseguir “rodar”  esses sistemas.

Essa tecnologia está mais inserida no seu cotidiano do que você imagina, ao acessar o Dropbox ou Google Drive,por exemplo. Além disso, algumas ferramentas como Vercel e Hubspot também se encaixam nessa categoria.

Todas essas empresas oferecem aplicações e ferramentas no modelo, sendo responsáveis pelo alojamento, gerenciamento e monitoramento do sistema.

Enquanto isso, os clientes podem desfrutar desses recursos sem preocupações adicionais.

Afinal,  o que é SaaS (Software as a Service)?

O Software as a Service (SaaS) é um modelo computacional de entrega de software em que o provedor desenvolve e mantém software de aplicação em nuvem.

Esses provedores são responsáveis por fazer toda a administração do software, desde atualizações automáticas até suporte e manutenção.

Basicamente, a empresa provedora utiliza uma nuvem pública e gerencia todo o hardware e software tradicional, incluindo middleware, software de aplicação e segurança.

Atualmente, essas aplicações estão bastante modernas. De maneira que é possível contratar e ter acesso a módulos com tudo o que a sua empresa precisa, desde finanças, recursos humanos e até o processo de ponto digital.

Importância da nuvem para o SaaS funcionar

O SaaS se apresenta como uma forma econômica de distribuição de software, tendo em vista que a sua venda e distribuição não depende da licença de software com CDs de instalação ou download do produto como era de costume.

Com isso,  a preocupação com a instalação do programa no computador deixa de ser um fator nesse cenário.

Por outro lado, para desfrutar dos recursos, o sistema precisa ser acessado remotamente de alguma forma, certo?

É aí que entra a importância da computação na nuvem para o SaaS.

No cloud computing, o provedor possui a opção de disponibilizar o sistema dentro de três formas:

• Nuvem privada, em que toda a infraestrutura utilizada é montada exclusivamente para a empresa;
• Nuvem pública, todos os recursos de infraestrutura pertencem a um provedor de serviços;
• Nuvem híbrida,  uma mistura entre os dois modelos.

A verdade é que, normalmente, os serviços, especialmente aqueles em grande escala, são disponibilizados em nuvens públicas, como o AWS e Azure, por exemplo.

Independente da escolha, ao hospedar o sistema na nuvem, os provedores precisam garantir que existirá a disponibilidade do software.

Afinal, de nada adianta montar uma boa ferramenta se ela não se encontra disponível para a utilização dos usuários remotamente a qualquer momento que precisar.

Exemplos de Softwares SaaS

Os SaaS estão presentes no nosso dia a dia mais do que imaginamos. Se você pegar o seu celular agora e verificar as notificações, verá vários exemplos operando, como o Gmail, Netflix, Drive, entre outros.

Pensando um pouco mais na aplicação no mundo dos negócios, podemos citar RD Station, SalesForce e Zoom como players de grande relevância do mercado  e que atendem aos mais variados objetivos, desde uma simples utilização, como um e-mail pessoal, até a possibilidade de gerir as operações de uma empresa inteira.

Benefícios do desenvolvimento de SaaS

O SaaS promove uma integração simplificada e é visto como uma tendência de mercado, mas esses não são os únicos benefícios de contar com este modelo de software em uma empresa.

Vale ressaltar aqui os principais pontos positivos:

• Redução de custos

Para uma empresa de desenvolvimento a atuação nesse modelo SAAS é vantajoso tendo em vista a questão financeira.

Isso porque o cliente poderá usufruir de uma maior sofisticação desse modelo de software, com diversas funções e configurações, sem se preocupar com taxas de licença.

Essa redução de custos é possível pois no desenvolvimento de software oferecido no modelo, o software é entregue instalado e configurado.

• Armazenamento em nuvem

Com esse modelo, você tem a liberdade de não precisar adquirir hardwares (que podem ser caros)  para alocar seus dados e ainda correr o risco de perdê-los.

No SaaS, o provedor disponibiliza acesso aos usuários através de qualquer dispositivo via armazenamento em nuvem.

• Upgrade

Um benefício muito interessante são as suas atualizações constantes, sejam elas de segurança ou de recursos.

Essa manutenção é feita pelo provedor e o cliente não precisa se preocupar com questões de  software, hardware ou estrutura de banda larga.

• APIs

Possuir ambientes de desenvolvimento com uma vasta gama de APIs é fundamental para o desenvolvimento de softwares com ainda mais recursos e mais poderosos.

Nessa realidade, utilizando essas plataformas existe a possibilidade de integrar a demanda atual aos aplicativos existentes de codificação.

• Métricas

O mercado atual é movido por métricas, ou seja, é necessário o acompanhamento de perto de indicadores para a tomada de decisão mais acertada.

Nessa realidade, o SaaS é um modelo de negócios que possui essa características de adotar métricas fornecidas para acompanhar os resultados do negócio.

Conclusão

Com a grande velocidade de inovação do mercado e concorrência acirrada, a busca por SaaS em substituição aos softwares on-premise (instalados e disponibilizados no seu ambiente) é bastante notória.

Especialmente quando observamos a evolução dos modelos de trabalho remoto e a necessidade do consumidor 5.0, plataformas SaaS se apresentam como mais benéficas do que os modelos mais antigos.

Além de redução nos custos, fornecedores podem proporcionar upgrades maiores e mais rápidos aos seus clientes e usuários. E, com bons serviços de nuvem,  podem lançar novos recursos com rapidez, de forma personalizada, de acordo com as necessidades do cliente.

Consequentemente, os softwares deixam de ser centros de custos para serem geradores de negócios e receita.

Além disso, desenvolvedores ainda podem criar produtos integrando big data, machine learning e inteligência artificial.

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