Avaliando estratégias de construção de PDF em NodeJS

Acredito que a maioria já teve alguma experiência com PDFs, seja ao receber a fatura do cartão de crédito por e-mail, ou até mesmo algum cliente passar alguma coisa, mas você já se perguntou como gerar um PDF com programação?

Recentemente aqui na Rocketseat precisei me fazer essa pergunta, isso por que  existia a necessidade de automatizar a geração de certificados para nossos alunos, que até então eram feitos na mão.

E foi neste momento que eu tive a minha primeira escolha a ser realizada: "Onde que eu devo gerar estes PDFs?", basicamente eu tinha duas opções, gerar eles no front ou no back end. Só que antes de tomar essa decisão, eu precisava primeiro pensar nos casos de uso deste certificado, assim iria conseguir colocar os prós e contras na mesa. E no nosso caso foram:

  • Consulta externa para validação do certificado
  • As informações contidas no certificado são imutáveis
  • Possibilidade de no futuro enviar o certificado por e-mail

Colocando isso em análise, se tornou bastante claro que era extremamente inviável gerar isso no front-end, pura e simplesmente por uma questão de logística. Perfeito, primeira decisão tomada, porém meu alívio durou alguns segundos, pois precisava agora escolher qual lib eu iria utilizar.

Escolhendo a lib

Se tratando de javascript, já imaginamos que deva existir infinitas libs disponíveis para nossa felicidade. E no aqui no nosso caso, as libs que pesquisamos eram:

Após a pesquisa inicial das libs, basta agora decidir se queremos gerar um PDF baseado em um HTML, ou se iremos utilizar uma API mais abstrata.

Uma das coisas que fiquei curioso foi pensar como que é feito essa transformação mágica de HTML pra PDF a partir do node e logo descobri que na verdade a maioria das soluções envolvem utilizar um headless browser para realizar tal ato. Foi aí que fiquei preocupado e pensei "Será que é interessante importar essa lib com 20kg de dependências?".

E cheguei a conclusão de que se o seu projeto já tem a necessidade de um headless browser maravilha, não tem por que não aproveitar e também gerar o PDF, mas no nosso caso, não temos essa necessidade, então eu acabei descartando as libs node-html-pdf e PhantomJS pois ambas trabalhavam desta forma.

Isso nos deixa apenas com pdfkit e pdfmake nas mãos. Ao olhar um pouco mais em detalhes a pdfmake conseguimos observar que ela é baseada na pdfkit. Ambas as libs parecem receber atualizações regulares e ter uma boa comunidade em volta. Porém confesso que fiquei um pouco com o pé atrás na pdfmake pois eles estão aparentemente trabalhando em uma próxima versão e não separaram isso de uma maneira muito legal no repositório de código.

Mas o que me levou a bater realmente o martelo foi o fato de que a documentação das duas versões disponíveis do pdfmake não tinha a possibilidade de visualização separada, ou seja, não é possível saber o que estava sendo alterado de uma versão para outra. E como o pdfkit é a base, resolvi então seguir com ele.

Utilizando o pdfkit

A sua utilização acaba sendo bem simples e direta. Com uma api relativamente bem pequena, fica muito fácil saber o que deve ser feito para tirar o resultado da sua cabeça e colocá-lo em um PDF.

const PDFKit = require('pdfkit');
const fs = require('fs');

const pdf = new PDFKit();

pdf.text('Hello Rocketseat PDF');

pdf.pipe(fs.createWriteStream('output.pdf'));
pdf.end();

Com o código acima, estamos colocando um texto no PDF e também já salvando o resultado em um arquivo output.pdf.

A lib também conta com possibilidade de formatação de texto para deixar do jeito que você precisa.

pdf
  .font('SourceSansPro-Regular')
  .fontSize('13')
  .fillColor('#6155a4')
  .text('Texto formatado', {
    align: 'center'
  })

Como também não podia faltar, a inserção de imagens também é tranquilo de ser realizado:

// Adiciona uma imagem na posição X: 300 e Y: 300
pdf.image('images/Rocketseat.png', 300, 300)

Finalizando

Resolvi compartilhar essa experiência de como foi se aventurar no mundo da geração de PDFs com javascript pois muitas vezes não imaginamos a quantidade de escolhas que temos que realizar para uma simples tarefa ou propor uma solução a um problema.

Em um mundo onde existem + de 15 libs que fazem exatamente a mesma coisa e muitas vezes até do mesmo jeito é bem comum esquecermos de dar a devida atenção na escolha da que melhor encaixa para as nossas necessidades, quando na verdade, apenas o fato de dedicarmos um tempo para isso pode nos salvar de muita dor de cabeça futura 😉

Por enquanto é isso! Caso tenha qualquer dúvida, pode deixar nos comentários abaixo!

Abraços, e até a próxima!